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Governança de TI a serviço da gestão digital

A governança de TI contribui para o diagnóstico de processos por meio de novas tecnologias, exponenciando a gestão empresarial.

A governança de TI otimiza a estratégia digital corporativa

17/01/2023
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O que é Governança de TI e qual a sua importância

 

Antes de mais nada, vamos definir um ponto de partida para iniciar esta troca de ideias sobre Governança de TI, um assunto com o qual, talvez, em algum momento, já tenhamos estabelecido um contato básico de certa forma. Por isso, vale dizer que, neste artigo, não é do nosso interesse apenas determinar em palavras esse conceito, mas mergulhar um pouco mais na dimensão da sua importância para o funcionamento ágil e a implementação de uma transformação digital numa empresa, ponto-chave para uma gestão de qualidade nos dias de hoje. 

De maneira geral, a Governança de TI (a sigla corresponde a “Tecnologia da Informação”) inclui diversas práticas, competências, habilidades e métodos usados pelos líderes da área de TI e seus colaboradores

Os objetivos principais consistem em assegurar a proteção de dados de todos os stakeholders, colaborar na tomada de decisões, utilizar de forma eficiente cada um dos recursos tecnológicos à disposição e, com isso, otimizar as operações e controlar os processos da empresa como um todo. 

Mas esses objetivos (e os componentes utilizados para alcançá-los) não se cumprem sem um “diálogo” com as demais partes que formam a estrutura corporativa em sua totalidade, pelo contrário: precisam estar em completa sintonia até mesmo com o mindset da empresa e a cultura que orienta seus gestores e equipes. 

Como veremos aqui, a Governança de TI se compõe de cinco elementos centrais, ou melhor, cinco tarefas essenciais que se aliam para que esse setor realize seu papel de agregar valor e aperfeiçoar cada vez mais o desempenho da companhia. Mas antes disso, vamos falar sobre a Governança Corporativa, que tem como um de seus “tentáculos” a de TI.

 

Governança de TI e a Governança Corporativa

Fonte: https://www.pexels.com/ (Imagem de domínio público, livre de royalties)

 

Governança Corporativa versus Governança de TI

 

Com o desenvolvimento e implantação de novas empresas nas últimas décadas, o tema da Governança Corporativa se tornou um ponto de atenção para gestores e pessoas em cargos de chefia. O motivo: a necessidade de uma organização e produção transparentes, monitoradas e capazes de oferecer credibilidade a investidores e clientes. 

Nesse sentido, a Governança Corporativa pode ser descrita como a estruturação dos setores de uma empresa para que esta mantenha um ritmo de crescimento regular sem deixar de lado a noção de que os interesses de todos, de funcionários a clientes, sejam atendidos com qualidade, equidade e responsabilidade. 

Para isso, há algumas décadas já se fundamentaram as boas práticas para uma Governança Corporativa de sucesso. E é nesse cenário que nasce o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) em 27 de novembro de 1995, transformando-se em um guia essencial ao oferecer métricas, certificações, relatórios sobre ética e seriedade em ambientes empresariais, e, principalmente, ao atualizar o Código das Melhores Práticas Corporativas (que já está atualmente na sua 5ª edição), orientando para uma gestão idônea.

Mas de que forma isso se relaciona com a Governança de TI? Com o uso crescente de novas tecnologias a partir dos anos 1990, os métodos transparentes de gestão tiveram que dar uma atenção particular a este aspecto e achar um caminho de juntar as duas partes.

Esse panorama do mundo digital exigiu uma maior especialização e expertise para que as companhias continuassem mantendo os padrões de respeito à prestação de contas, ao compromisso com a confiabilidade, ao mesmo tempo que incorporavam essa nova realidade que se impunha mais e mais a cada ano. 

Porém, não podemos dizer que a Governança de TI se limita a “cuidar” da parte tecnológica dentro do contexto das boas práticas determinadas pela Governança Corporativa. Seu papel é muito maior, com certeza. E é o que vamos ver com detalhes agora.

 

Funções e Componentes da Governança de TI

 

A função central da Governança de TI está centrada nas estratégias de desenvolvimento de recursos, mecanismos e estruturas para a área de Tecnologia da Informação, atuando em sinergia com a gestão para que a empresa alcance as metas que se propôs e siga em frente com a transformação digital. A partir dessa atribuição se ramificam as demais missões que essa área deve cumprir. Vejamos algumas delas:

  • Alinhamento estratégico: deve promover a sinergia entre a Tecnologia da Informação (uso de dados armazenados e métodos estatísticos, entre outros) e o andamento dos negócios, dentro do marco das boas práticas;
  • Medição de desempenho: as informações que circulam pelas plataformas e ferramentas tecnológicas gerenciadas pelo departamento de TI devem fornecer métricas que colaborem com o processo de tomada de decisões e de implementação de novos métodos que atraiam clientes e investidores e estimulem o crescimento;
  • Entrega de valor: os investimentos feitos em tecnologia devem ser aproveitados ao máximo, garantindo a alta performance da empresa e a manutenção de sua credibilidade no mercado, além de zelar pela proteção de todos dados disponíveis;
  • Gerenciamento de riscos: por meio do acesso a todas as informações, métricas e estatísticas oferecidas pelo setor de TI, os gestores podem ter uma visão mais abrangente e estratégica, evitando erros e riscos que colocariam esforços a perder. 
  • Gerenciamento de recursos: justamente a partir dos recursos digitais e de todos os dados, a Governança de TI pode cooperar ativamente na gestão orçamentária e na distribuição de valores, tornando-se um ponto de apoio de muita importância para o departamento financeiro.

Estratégia de TI com a estratégia da organização

Fonte: “Percentual de impacto positivo e muito positivo nos objetivos de governança por meio da iniciativa ‘Planejamento Estratégico de TI’ aplicada em 18 órgãos dos três poderes da União”. Trabalho realizado por Melo e Santos Jr. (2018). Disponível em: https://portal.tcu.gov.br

 

Com isso, podemos observar que a Governança de TI vai muito além de “cuidar” da parte tecnológica, mas se encarrega também da simplificação de processos, do planejamento estratégico e até do equilíbrio do setor de finanças da companhia, entre muitos outros aspectos. 

Mas e como ter uma Governança de TI “de respeito”? Em primeiro lugar, vamos ver que esse processo, como a implementação de um Sistema Integrado de Gestão, por exemplo, requer algum tempo, pois o objetivo final é atingir uma transformação digital completa e de acordo com as exigências do mercado dos dias de hoje. Agora vamos dar uma olhada no modo como uma empresa pode e deve ter uma Governança de TI que vá além da gestão de dados e ferramentas digitais.

 

Como implementar uma Governança de TI de qualidade?

 

Tudo começa com o Compliance, isto é, manter a mentalidade sobre a qual se construiu uma empresa e sua conformidade com clientes e colaboradores, com as leis de mercado e as dos países com os que se tem trocas comerciais. Assim, especialistas em governança de serviços destacam a necessidade de garantir que os processos estabelecidos pelas empresas sejam seguidos de acordo ao que o cliente define. 

Partindo desse ponto, segue-se o diagnóstico da interação entre as partes que formam as Governanças e a avaliação de como os recursos estão favorecendo esse intercâmbio para a aplicação acertada das estratégias empresariais. Essa é uma questão muito relevante. Funciona da seguinte forma: faz-se um detalhado diagnóstico, voltado bem especificamente para o cliente, de modo que as equipes sejam capazes de desenvolver avaliações periódicas e realizar o acompanhamento de cadências, por exemplo. Da mesma maneira, é necessário verificar se a qualidade do serviço ou produto oferecido está aderente em relação àquilo que o cliente tinha em mente na hora da contratação.

Cabe destacar também outro fato relevante que se observa em cases da Meta. Frequentemente, o cliente possui os seus SLA (Service Level Agreement ou Acordo de Nível de Serviço, em tradução livre) para os quais devemos apresentar resultados. Deste modo, é preciso compreender e avaliar até que ponto o nosso serviço é aplicável às métricas pretendidas pelo cliente. Em outras palavras, esse fato demonstra a necessidade de entregar a uma instituição especializada e responsável a avaliação plena das possibilidades de introdução de certas ferramentas e do redirecionamento para conseguir uma mentalidade ágil em todas as esferas, e que assim tudo ocorra dentro do tempo certo e do panorama em que se encontra a companhia.

 

O diagnóstico de TI e a transformação digital

 

O diagnóstico de TI, que é muito necessário, coloca em xeque também os níveis de maturidade da companhia, ou seja, se ainda está afastada da atual realidade do Business Agility ou não. Esse “teste” observa o modo como a companhia faz uso do seu setor de TI e das pessoas que o conduzem. Em suma, deseja identificar o quanto a Governança de TI está participando dos eventos e processos que poderia abranger. 

Através desse “exame”, encontramos alguns níveis distintos de TI, segundo cada empresa e etapa em que se encontra: 

  • “pré-histórico”, tecnicamente conhecido como “reativo” ou “artesanal”, em que as Governanças ainda não estão em harmonia e não há organização das estratégias ou prioridades (nível 1);
  • eficiente, no qual já há alguns processos em diálogo com gestores e colaboradores, mas ainda há fragilidades como a limitação na hora de atuar ativamente em setores como o financeiro (nível 2);
  • eficaz, em que já opera com muito mais vigor em áreas como planejamento e gerenciamento de recursos (nível 3);
  • estratégico, quando já auxilia a empresa em seu processo de transformação digital e a diferencia das concorrentes no mercado, deixando sua marca e potencial bem explícitos (nível 4).

A partir desses dados, é possível realizar as mudanças necessárias para alcançar a maturidade digital de nível máximo e dessa maneira destacar-se dentro e fora do ambiente corporativo. Mas tudo deve partir de um estudo aprofundado, cauteloso e eficiente, pois não é viável levar uma empresa do nível 1 ao nível 4 em apenas um mês. A introdução de novos conceitos e instrumentos ocorre progressivamente e de forma constante, sempre acompanhada pela empresa encarregada de “escoltar” cada um dos setores e, principalmente, das pessoas que estão no centro de todo esse contexto. 

Imaginamos que deve surgir uma dúvida em meio a isso tudo: se a introdução de uma Governança de TI de qualidade ocorre dentro de um certo prazo, há uma urgência tão grande assim? Em outras palavras, se meu setor TI já é eficaz, por exemplo, por que precisaria colocá-lo no nível 4 com tanta pressa? Vamos responder a essa pergunta a seguir.

 

Por que implementar com agilidade uma Governança de TI?

 

Além de tudo o que já foi mencionado aqui, mais do que contribuir para os processos de ponta a ponta (ou, em inglês, end-to-end), a Governança de TI viabiliza um compartilhamento de conhecimento (interno e entre empresas e parceiros tecnológicos) que, de fato, inicia uma evolução institucional visível. 

E à medida que as várias competências são aplicadas às operações e aos processos, chega-se à transformação digital desejada, que não consiste numa introdução aleatória de ferramentas, como se poderia pensar erroneamente. Trata-se de uma transformação cultural e organizacional que permite que a empresa esteja muitos passos à frente, evitando falhas, trabalhos dobrados, aplicação de estratégias equivocadas, entre outros problemas que costumam surgir em ambientes ainda frágeis do ponto de vista tecnológico.

Especialistas em gestão da informação e empresas especializadas na implementação e orientação às Governanças de TI concordam que há várias formas de alavancar a performance dos diversos setores corporativos. Daremos alguns exemplos aqui:

  • Cultura DevSecOps: automatização dos processos de segurança e engajamento de todos os atores, reduzindo riscos e protegendo dados, sem comprometer cronogramas e planos;
  • Estratégia Digital Corporativa: construção de um ambiente 4.0, isto é, investimento em tempo, pessoas e recursos, colocando-os no centro dessa revolução digital. O resultado? Sair do clichê e agir rapidamente para resolver imprevistos ou problemas, ganhando mais ainda a confiança de clientes e investidores e fidelizando-os. O ápice é tornar esses parceiros seus próprios meios de propaganda e difusão, ajudando a consolidar a empresa como um expoente e uma referência por meio de resultados de clientes.
  • O LACE (Lean-Agile Center of Excellence) da Meta: implantação da Gestão de Mudança e de Centros de Excelência para processos corporativos garantindo o escalabilidade nos níveis da maturidade digital e a consolidação definitiva da Business Agility em todos os departamentos e na própria forma de pensar de quem está comandando tudo isso: as pessoas.

 

Gestão da Informação e Governanças de TI

 

Sobre “revolucionar” uma Governança de TI

 

Em conclusão, podemos afirmar que as boas práticas de governança de TI sugerem que cada liderança e colaborador podem e devem ter acesso às melhores ferramentas tecnológicas para desempenharem o seu trabalho de maneira ágil e eficiente. 

No entanto, para isso, precisam contar com o apoio de experts e profissionais que conhecem as mais inovadoras tecnologias e sabem como e quando utilizá-las, pois, como dissemos aqui, é impossível fazer uma revolução sem um real conhecimento e um apoio competente em um curto espaço de tempo. Se é verdade que as tecnologias como Inteligência Artificial, Business Agility e Estratégias Digitais Corporativas, entre outras, mostram o quanto podem ser incríveis para qualquer instituição, não dá para negar que tais facilidades precisam ser aplicadas nas fórmulas certas para que a “magia” aconteça.

O trabalho da empresa junto a experts na área resulta em ações que contribuem para gerar ambientes de trabalho mais colaborativos e performáticos, dentro de uma mentalidade ágil e à frente do seu tempo e do mercado. 

Como se não fosse o bastante, transformar digitalmente as Governanças de uma empresa desencadeiam uma série de novos processos que serão totalmente capazes de efetuar operações complexas e estas, por sua vez, poderão agregar valor à companhia em termos de produtividade, organização das atividades empresariais e, especialmente, vanguarda traduzida no agilíssimo ambiente 4.0.

 

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A Meta conduz organizações na conquista da maturidade digital dos seus negócios. É uma consultoria com mais de 30 anos de mercado e 3 mil colaboradores, com atuação global, e que entende a importância da aceleração dos resultados para manter os negócios relevantes em um mercado cada vez mais competitivo. A Meta oferece às organizações as soluções tecnológicas de transformação digital mais adequadas aos modelos e necessidades dos negócios e inspira uma mudança cultural – de ponta a ponta – gerando receita, reduzindo custo, e acima de tudo, valorizando as pessoas como principal capital dessa transformação.