As empresas trabalham constantemente para encontrar melhores caminhos para operar, simplificar processos, melhorar a experiência dos clientes, e para vencer estes desafios, a transformação digital (DX) e a inovação são peças-chave da estratégia. Transformação digital é sobre transformar pessoas, culturas, organizações, é a tecnologia a serviço das empresas e da sociedade, em prol de um desenvolvimento sustentável, por isso, é essencial a presença do RH na transformação digital das empresas.

Atuamos com tecnologia e inovação há mais de 32 anos e, desde 2020, experienciamos a nossa própria transformação digital, acreditando que, o que oferecemos para o mercado precisa ser implementado também dentro de casa, uma evolução do próprio modelo de negócio. Neste contexto, o stakeholder colaborador é o primeiro a ser impactado. Desde 2021, temos adotado metodologias ágeis e, pela primeira vez, implementamos a value stream do colaborador. A Meta uniu três robustas ferramentas de gestão de pessoas, complementadas por colaborações com seis startups especializadas na área de Recursos Humanos.

Tudo nasce do propósito da empresa, que “transformação digital é sobre pessoas”, e isso requer um constante alinhamento e engajamento dos times, para que a empresa possa evoluir. Com esse propósito, podemos dizer que a transformação digital precisa ter cultura, agilidade e tecnologia, para transformar a empresa como um todo.

 

Transformação Cultural

 

Em um mapeamento inédito promovido pela Meta, o “Estudo Nacional sobre Evolução Digital e Inovação de Negócios”, em parceria com a Fundação Dom Cabral, reforça que 67% dos executivos pensam que o principal desafio da transformação digital não é tecnologia, é a cultura organizacional. Transformação digital envolve, primordialmente, um novo olhar estratégico e uma atenção especial à cultura organizacional e jornada do colaborador. Para gerenciar a cultura, gestão da mudança: entender, preparar, engajar e reforçar são as principais ações para se ter uma mudança bem gerida e que atenta todos os colaboradores da empresa.

1. Entender o comportamento, os impactos organizacionais e o diagnóstico da organização é o primeiro passo desse processo.
2. Preparar planos estratégicos de mudança, de comunicação, desenvolver cronogramas são essenciais para tirar do papel tudo o que foi entendido na primeira etapa.
3. Engajar os colaboradores, acompanhar essa evolução dos stakeholders e a mitigação dos impactos organizacionais é a hora de colocar em prática tudo o que foi discorrido nos passos anteriores.
4. Reforçar as comunicações e os projetos, com coleta de análises de feedback e celebrações de sucessos é o fim desse processo e o início de outro, que trata de entender as dores dos profissionais e trabalhar em cima de cada dor apontada.
5. Ouvir o colaborador é essencial.

Durante todas essas etapas, temos a presença do RH na transformação digital. As empresas precisam ter ações e trabalhos voltados especificamente para pessoas. Na Meta, temos conversas, tanto em eventos e celebrações internos quanto feedbacks individuais, com os diretores e todos os colaboradores sobre carreira e crescimento. Além disso, temos programas como o Meta Plural, que valoriza a diversidade do #MetaTeam, promove a multiculturalidade, a inclusão e reconhece que cada pessoa é única. O Meta Plural acredita que a criatividade e a inovação no #MetaTeam é decorrente das perspectivas, conhecimentos e habilidades das pessoas ao mesmo tempo que representa o compromisso da Meta com a excelência, a ética e a responsabilidade social.

Ainda sobre programas, na Meta, temos o Evolve, que tem como objetivo mover os profissionais entre diferentes projetos de acordo com o perfil técnico e as oportunidades. O Evolve agrega a esta etapa da jornada do profissional um fluxo mais simples e eficiente, permitindo maior visibilidade do processo ao gestor atual e ampliando o protagonismo do profissional na condução e evolução de carreira. Além do Evolve e do Plural, para entender e sentir o que cada profissional está vivendo, temos o Meta X, que é o processo de mensuração e acompanhamento do engajamento. Com ele, toda semana os profissionais têm a oportunidade para dar sua opinião e contribuir para melhorar a felicidade e produtividade no ambiente de trabalho.

 

Transformação ágil

 

Dentre todas as metodologias das empresas, a ágil é a essencial para a transformação digital. Em uma junção da nova arquitetura organizacional da Meta, a Value Stream do Colaborador e as metodologias ágeis, geramos engajamento das pessoas dentro da empresa. Todas as áreas estão envolvidas nas demandas, nos planejamentos e nos resultados, ou seja, todos os profissionais da Meta sabem o que está acontecendo, por esse motivo, o envolvimento do RH na transformação digital é necessário do começo ao fim.

Com objetivo de ser a protagonista em transformação digital no setor, estruturamos o programa Meta Ágil e Cognitiva, que trouxe para o dia a dia da companhia a disrupção, que até então entregávamos apenas para os clientes. Em sua primeira fase, por meio de metodologias ágeis, desenvolvemos fluxos de valor que revolucionaram a estrutura organizacional, envolvendo diversas áreas da empresa para aperfeiçoar a excelência na jornada dos nossos colaboradores e clientes.

Os times, agora, fazem parte de uma única equipe e operam no modelo de growth units: times multidisciplinares, com objetivos em comum, formados para trazer autonomia e performance para os próprios colaboradores da empresa e, principalmente, agilidade e excelência aos clientes. Com isso, a Meta responde mais rapidamente às necessidades do cliente, conectando todos os elos de forma mais assertiva e cognitiva – ou seja, com aprendizados e evoluções constantes. Neste modelo, a unidade de ação, confiança e simplicidade operam e os profissionais de todas as estruturas pertinentes às demandas de um determinado cliente atuam de forma colaborativa. Isso também implica em uma nova lógica de cadências e de acompanhamento dos resultados, em que as comunicações entre o time se tornam ainda mais valiosas.

Os resultados foram únicos após poucos meses da nossa transformação digital, tivemos a criação de três Value Streams, duas operacionais e uma de desenvolvimento times dedicados, redução do turnover e a possibilidade diária de receber feedback dos colaboradores através da plataforma de gestão de engajamento. Além disso, o Programa Meta Ágil e Cognitiva recebeu o prêmio das 100 Mais Inovadoras no Uso de TI 2022, do IT Mídia, um ranking das empresas que melhor utilizam a tecnologia para executar projetos inovadores, pelo uso do ecossistema de startups, acelerando a adoção da tecnologia nas jornadas. Também tivemos destaque no ranking das 200 Maiores Empresas do Setor do Anuário Informática Hoje 2022 e o Top 10 das Campeãs do Crescimento na classificação, pelo 4º ano consecutivo.

 

Transformação tecnológica

 

Nessa jornada de transformação e inovação da própria Meta, descobrimos uma oportunidade: passamos a oferecer um suporte ainda mais eficaz e orientado aos nossos clientes, vivenciando as transformações que eles também passam na adoção de novas tecnologias, serviços e processos digitais. Essa descoberta nos levou a explorar os caminhos da eficiência operacional, da arquitetura e análise de dados, bem como da inovação aberta.

Esses elementos interconectados não apenas aprimoram nosso próprio desenvolvimento, mas também permitem que a tecnologia exerça um papel transformador, sendo uma habilitadora da evolução contínua dentro do ambiente da Meta. Dentre algumas ferramentas adotadas pela inovação aberta nesta transformação, cinco HR Techs foram integradas no processo de jornada do colaborador, cobrindo as etapas de Atração e Seleção, Admissão, Onboarding, Desenvolvimento, Comunicação Interna e Gestão do Engajamento.

 

• Atração e Seleção: a Recrut.ai, uma plataforma SaaS que acelera a contratação das empresas, cruzando o perfil dos candidatos com os requisitos da vaga, melhorando a experiência para atrair os candidatos e fortalecendo a marca empregadora por meio de processos seletivos mais ágeis, acessíveis e humanos.
• Onboarding: a Eva People propõe novas soluções para onboarding eficiente de colaboradores por meio da digitalização e automatização da jornada, além de comunicação e relacionamento com os profissionais da Meta.
• Desenvolvimento: a Keeps oferece uma plataforma de treinamento corporativo com a melhor tecnologia para criar ações de capacitação mais estratégicas, com menos tempo de implantação, maior índice de engajamento e controle de resultados.
• Comunicação Interna: a plataforma da Workhub Digital é uma intranet e portal corporativo por assinatura e com rápida disponibilidade, que oferece modernidade, segurança e uma ótima experiência de usuário aos colaboradores. Ainda falando em comunicação interna, a Dialog é uma plataforma multicanal que cria um poderoso espaço de experiência do colaborador, capaz de promover a cultura organizacional, melhorar performance e reduzir turnover.
• Gestão do Engajamento: temos a Team Culture é feita para líderes evoluírem as suas equipes, obtendo resultados incríveis por meio de uma plataforma poderosa e simples de usar.

Essas plataformas renomadas e robustas compõem Open Innovation e o papel do RH transformação digital na jornada do colaborador dentro da Meta. E, com isso, todo o processo de aculturamento, agilidade e digitalização, precisa da área de Recursos Humanos para apoiar nas mudanças, tanto internas quanto externas.

A união da tecnologia e do fator humano precisa ser pensada em todos os momentos, da mesma forma que é preciso ter sempre claro que a transformação digital começa pelas pessoas e pela mudança cultural. Afinal, profissionais entregam ao cliente o que recebem da empresa que integram. O que aprendemos na prática, neste novo modelo, já estamos compartilhando com os clientes. Isso acaba criando uma necessidade de uma área dedicada para gerenciar o desenvolvimento de tecnologia inovadora.

 

Gestão da inovação

 

A inovação está se tornando cada vez mais sendo relevante para os C-levels, sendo essencial para a longevidade do sucesso das corporações. O Corporate Venture Capital (CVC) desempenha um papel fundamental na gestão da inovação, possibilitando uma “revolução silenciosa” no mundo corporativo nos últimos anos. De acordo com o GCV Analytics, três quartos das 100 maiores empresas americanas em termos de valor de mercado possuem CVCs. Além disso, em 2021, os investimentos provenientes dos fundos de CVC atingiram seu recorde histórico, apresentando um aumento de 142% em relação a 2020, totalizando US$169,3 bilhões, como relatado pelo MIT Technology Review.

Desde 2020, a Meta tem investido em inovação por meio da Meta Ventures, seu braço de Corporate Venture Capital que foi criado com o objetivo de fomentar um ecossistema de inovação conectando startups, investidores, empresas, parceiros, universidades, laboratórios de pesquisa e a sociedade. A Inovação Aberta, ou Open Innovation (OI), que a Meta Ventures alavanca na Meta, é um modelo que conecta esses vários stakeholders para gerar novas ideias e soluções, ao invés de depender exclusivamente de pesquisa e desenvolvimento internos.

Através dessas conexões, a Meta identifica e alavanca as soluções das startups, as quais acabam por integrar e aprimorar cada vez mais as relações tanto com seus colaboradores quanto com seus clientes, tanto interna quanto externamente, mais uma prova de que a presença do RH na transformação digital é mais do que necessária. Pois a Meta precisou entender as necessidades dos colaboradores, através da área de Pessoas, para trazer melhorias e processos automatizados.

Um exemplo recente dessa incorporação do ecossistema na Meta, é a Eva People, que recebeu um investimento da Meta, através do desafio Bring Your SaaS, promovido pela Meta Ventures, busca identificar startups com alto potencial de crescimento e leva-las a outro patamar, em que a startup foi que foi uma das vencedoras da terceira edição. Assim, startups como a Eva, que aprimoram a jornada do colaborador dentro da Meta, desempenham um papel importante ao tornar nosso setor de RH na transformação digital, com mais eficiência e agilidade nas comunicações internas.

Além da Eva, tivemos outras finalistas do Bring Your SaaS que estão presentes na Meta, como a Recruit.ai, uma das vencedoras da segunda edição e a Dialog, uma das três escolhidas da primeira edição, sendo, também, investida da Meta. Já a Workhub, foi vencedora do desafio The Next Gen, desafio que estimula a nova geração de mulheres empreendedoras em modelos de negócios SaaS, em que ficou em primeiro lugar na competição e recebeu um aporte de R$1 milhão da Meta.

 

Transformação digital é sobre pessoas

 

A transformação digital não diz respeito apenas a códigos e softwares. É um movimento constante de inovação e busca de novos caminhos que envolve diretamente as pessoas, seus desejos e aspirações. Enquanto a maioria das empresas do setor batem na tecla do avanço tecnológico como imperativo, apostamos no fator humano como foco estratégico, focado na relação direta da inovação com a evolução das pessoas e das companhias.

Quando falamos de DX, estamos falando principalmente do fator humano. Sem as pessoas no centro, a transformação digital não acontece. A tecnologia é um meio de gerar crescimento, que procura acelerar os processos de transformação digital dos clientes e simplificar a jornada como um todo. Afinal, nenhuma transformação é feita unilateralmente. É sobre se permitir ser cada vez mais humano, ágil, se testar, aprender, evoluir, além de criar caminhos, crescer e prosperar, para mudar culturas e alavancar novos negócios. A simplicidade, inovação, resultados, clareza e objetividade andam juntos, além disso, se permitir ser cada vez mais humano é um dos segredos para trazer a transformação digital voltada às pessoas.